Polícia investiga morte de bebê de 1 ano em hospital de Porto Ferreira; mãe vê negligência
Mãe de Alice Nascimento afirmou que "furaram entre o pescoço e o peito [da menina], ocasião em que começou a espirrar muito sangue". Unidade citou "boletim ...

Mãe de Alice Nascimento afirmou que "furaram entre o pescoço e o peito [da menina], ocasião em que começou a espirrar muito sangue". Unidade citou "boletim de ocorrência unilateral" e considerou "prova apenas de que uma declaração foi prestada". Alice era a filha única de Maiara, moradora de Porto Ferreira Arquivo Pessoal Uma menina de um ano e oito meses morreu depois de ser atendida no Hospital Dona Balbina, em Porto Ferreira, na última segunda-feira (2). O caso foi registrado como morte suspeita – a mãe de Alice Vitória do Carmo da Cunha Nascimento apontou negligência médica, o que é negado pela unidade. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp À Polícia Civil, Maiara do Carmo da Cunha, mãe de Alice, afirmou que na semana passada a criança estava com muita tosse, falta de ar e chegou a ficar internada. Até que, na segunda-feira, a menina piorou novamente e teve febre alta e vômitos. Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que ainda não foi notificado sobre o caso, mas instaurou procedimento investigatório. (Leia abaixo) No depoimento, Maiara disse que o médico responsável pelo atendimento não teria conseguido encontrar uma veia do braço. Então, segundo ela, mudou o procedimento. No boletim de ocorrência, a mãe relatou que "furaram entre o pescoço e o peito [da menina], ocasião em que começou a espirrar muito sangue". Ao g1, Maiara contou que enfermeiras seguraram Alice e o procedimento foi feito pelo médico plantonista. "Ele tirou minha única filha, meu bem maior. Não pode ficar assim, não só pela minha filha, mas por outras mães. O que eu chorei, não quero ver outras mães chorando. Eu preciso encontrar respostas pela morte da minha filha. O médico que fez o procedimento não era pediatra, o pediatra chegou depois." Alice estava com quadro de febre alta e vômitos quando passou por atendimento médico em Porto Ferreira Arquivo Pessoal LEIA TAMBÉM: VIOLÊNCIA: Homem é esfaqueado pela ex após discussão em Santa Gertrudes ROTA DO ARRAIÁ: Confira lista de festas juninas de São Carlos, Araraquara e região LUTO: Quem era Carlos Alberto Balbino, pai do cantor Jão que morreu aos 61 anos Ainda no depoimento à Polícia Civil, a mãe de Alice falou que começou a gritar depois do ocorrido e foi expulsa do quarto. Segundo ela, a morte da filha foi comunicada "algumas horas depois", sem ter sido informada sobre a causa. Ao g1, a Irmandade de Misericórdia de Porto Ferreira, responsável pela administração do Hospital Dona Balbina, alegou que "o mero boletim de ocorrência unilateral não confirma os fatos e circunstâncias nele narrados, fazendo prova apenas de que uma declaração foi prestada". (veja, abaixo, a íntegra do posicionamento) A administração acrescentou que "não reconhece atendimento inadequado pelos profissionais de saúde, contudo, adotará as medidas necessárias para apuração dos fatos". Ainda na segunda-feira, o delegado Alexandre da Silva Leonardo determinou que o corpo da criança fosse levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame necroscópico. O caso está em investigação. Conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública, "diligências estão em andamento para esclarecer os fatos". Confira nota do Cremesp: "O Cremesp informa que não foi notificado oficialmente sobre o caso em questão, mas que instaurou procedimento investigatório a partir das matérias divulgadas pela imprensa. As investigações tramitam sob sigilo determinado por Lei". Confira a nota da Irmandade de Misericórdia na íntegra: "A Irmandade de Misericórdia de Porto Ferreira presta serviços de relevância pública e interesse social na esfera da saúde. Na prestação de serviços, o estabelecimento de saúde preza pela observância dos preceitos da ética do cuidado e da assistência humanizada e, em seus setores, observa normas e procedimentos adequados para seus usuários. A análise dos fatos e circunstâncias narrados pela usuária depende de mérito técnico em medicina, em especial para valoração das condutas adotadas pelos profissionais de saúde. Aliás, o mero boletim de ocorrência unilateral não confirma os fatos e circunstâncias nele narrados, fazendo prova apenas de que uma declaração foi prestada. A Irmandade de Misericórdia de Porto Ferreira afirma que não reconhece atendimento inadequado pelos profissionais de saúde, contudo, adotará as medidas necessárias para apuração dos fatos, já iniciada pela verificação da causa da morte pelo IML." VEJA TAMBÉM: Defesa de família de bebê que morreu em São Carlos é contra arquivamento de processo REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara